20030521

[a casa da luz vermelha]

aquela velha história do belo mundo ruivo do qual não posso participar. ruivo e azul, cheio de pêlos no rosto. vermelhos, como os fios que pintei em minha cabeça. era como o cachorro que li no livro? sim, ele é um homem. agiria tal qual o basset de clarice, indo embora da sua menina também ruiva às duas da tarde. somos todos rubros nessa estória. acho que é o interior escapando pelos cabelos. um basset, uma menina, um rapaz e eu própria. na minha imaginação estávamos lá. mais acima, umas idéias absurdas sobre pessoas que não conheço: coisas boas e estonteantes, comunicaões invisíveis em que não creio, mas sonho. falei com alguém em terras desconhecidas? falei com vocês, menina, moço e animal?
o cachorro tinha o pêlo vermelho.
o rapaz e seu assustador mundo vermelho intenso de impressões que não visitei. talvez por isso e nada mais você me tire o sono. e encha minhas horas acordada de sonho - aquilo que não aconteceu realmente ainda. de pensamento vago, de cores. para mim, é uma forma de arte olhar em sua direção.
isso é muito forte, é ridículo e desconcertante. inexplicável viagem do meu próprio consciente. enfim, perdoe-me por vê-lo em condições tão abstratas. admito meu caráter intruso em seu mundo, mas a intrusão pode sempre ser algo interessante e até necessário, não me pergunte o porquê. pode ser que essa loucura seja até comum e imperceptível na maioria dos casos e das pessoas, porém acho curioso prestar essa atenção em algo tão novo. sua alma, que crio - não quero mais só inventar. seu corpo, que espio - e não quero mais só olhar.

{embolados pra embolar}

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