[o meu irmão]
o meu irmão é um tipo novo de homem, o novo formato de fabricação da raça masculina. não se importa em falar de roupa, não se orgulha em trair a mulher porque isso possa lhe fazer sentir viril. meu irmão faz parte de um grupo de homens que não foram feitos como os trogloditas urbanos. ele é intransigente, careta, cabeça-dura, é, tem os seus defeitos. mas ele tem no gene uma coisa do futuro, mostra que a evolução é possível. meu irmão é um homenzinho sentimental. e diferente de mim.
talvez ele, na sua sabedoria juvenil, tendo sido criado numa casa com três mulheres, seja muito esperto. conhece bem aquilo que os semelhantes antigos não sabem: o mundo feminino. fazem parte dele, acabam com esse limite arcaico e estúpido. ou começam esse trabalho, devagar (a consciência chega em anos).
eu, por exemplo, quero entrar no mundo dos homens. quero sê-los e não apenas tê-los, isso não é certo nem possível. e não me forço: sou aquilo que sempre quis ser, uma menina no meio dos homens. igual, na diferença.
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