Ah, eu quero você, pequena perversa. Pra estar completamente perdido no seu quarto, tocando fogo em tudo que vejo, dos seus livros aos seus lençóis. De tão aceso, preciso incendiar alguma coisa. Por enquanto, só cigarros, um atrás do outro, sem parar. Quero tudo vermelho ao meu redor, da cor da sua carne, quando te toco.
Eu estou com taquicardia de pensar, você quase sem fôlego em mim. Eu vou te comer com o pintos, os dentes, a língua e tudo mais que você deixar. Outra vez eu entrando no seu qurto, tudo fica incendiado. O céu está vermelho, escrevo com tinta vermelha, você, aberta, olhando pra mim.
Não respire, não respire um só instante. Você ofegante. É um tempo vermelho na sombra do seu cabelo escondendo os olhos pretos. Não tenho pena, você não tem pena de mim. Eu vou te buscar no trabalho. Hoje você não sai do vermelho, nas contas, no banco, no sangue da sua menstruação, mas eu não quero saber. Só não quero olhos vermelhos de choro.
Espere um minuto. Estou dentro de você. Pintei a casa, seu novo quarto. Luz vermelha de revelar fotografia. Meu bem, eu tenho os livros mais encarnados e nada fala de você, que absurdo. Trouxe flores vermelhas, não sei se você gosta, mas estão aí. Pode ficar certa, estou dentro do seu rosto. E estou vermelho, por trás da roupa azul, com todas as tripas da cor de quando a gente dorme. Pense um pouco antes de eu chegar: está tudo vermelho, meu coração.
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