20021113

pedra, de gelo, num copo de whisky.



meu irmão que fez.

conversando sobre essas merdas de amor:
- na verdade, não quero amar quem amo. é um absurdo. mas não é acaso não, é a vida. é pagar pecado.
posso?
... e mais:
- não tenha medo de mim! eu só mordo se você deixar!

20021111

i will never know
cause you will never show
come on and love me now
come on and love me now

lembrando da bula:
gabrielamagalhães@yahoo.com.br

poucos corajosos que lêem este blog vagabundo: leiam também o goma www.goma.blogspot.com
estou por lá com larissa e simone.

[noções interessantes:]

é engraçado: o homem-interno é um conceito interessante. de verdade.
me fale mais sobre isso.

{ah, se quiser rir, pode.}

Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

[carlos drummond de andrade, as sem-razões do amor]

episódio de hoje: muitas felicidades, muitos anos de vida.

não vou mais me culpar pelo que fiz, agora já era. realmente mereço morrer, a culpa é toda minha. tenho que rezar ao acaso, tenho que pedir clemência. não importa o tamanho do pecado, o resultado é a morte. mas eu não a quero agora, eu não a quero lenta e em vida. ninguém quer, claro. os que vivem essa provação não merecem coisa tão dura. há pecadores piores com pecados mais graves e esses não tiveram câncer. a natureza que distribua doenças dolorosas, acontecimentos terríveis, ou a sua própria imprudência. espero não morrer por meu descuido. espero morrer de repente, de rompante, de uma dor só. de surpresa. em silêncio.
não vou rezar e pedir favores em troca de ter sido uma boa menina, eu não posso. não é bem verdade, apesar de não saber ao certo se fui boa ou má. vocês também não, nenhum de vós é meu juiz. vou pedir pra viver porque gosto de viver e mais nada, porque não há justificativa. não há justificativa alguma para as coisas mais importantes e não há como contê-las. só existe o medo ou o não-temer: é essa a escolha que tem de ser feita.
mas todos nós merecemos morrer, que pena. e somente pelo pecado de ter nascido gente... por ser fraco... mas há de nos ser dada uma nova chance.
e como sou besta: me julgo, faço juízo de mim mesma... quem sou eu pra isso? não posso. condeno-me precocemente por pecados que não sei se cometi, condeno-me por via das dúvidas. temo por via das dúvidas. e depois desmancho tudo, depois meto a cara na desconfiança e mando-a à merda.
chega, o meu raciocínio não anda mais... e chega de primeira pessoa do singular.

20021106

a linha editorial deste blog se desfez. ele não quer mais ser florzinha, embora seja sempre, afinal eu sou uma menina. mas é preciso ser um homem para amar um homem completamente. espero um dia amar algum assim. é preciso saber como fazer sua carne mais feliz e seu temperamento mais macio. é preciso fingir que não ouve, que não vê. é preciso enxergar toda movimentação. é preciso mandar toda essa teoria pra a merda porque não vale nada, assim como vários outros pensamentos que tenho e desprezo. às vezes registrar um absurdo vale a pena, pelo fato de que ele guarda um aspecto obscuro da nossa própria personalidade ou do que aprendemos. é um modo curioso de rir de si mesmo e de usar a acidez que prezo tanto no humor.
em algum capítulo deste comprimido, mais adiante, eu falo sobre ser outrem, falo de como viajei sobre isso dormindo no ônibus.
é mentira. não desfiz nada, nem sei se vou desfazer. só estou protelando em escrever, adiando a hora de olhar pra a tela e debulhar feito feijão verde as coisas que estão na cabeça. digerir a indecisão dos últimos dias e a calma que me assuta, para enfrentá-la. lembrando que a decisão é dos dias e não minha. só sei que está na hora de colocar aqui ou no papel, onde seja, uma coisa mais leve, uma coisa mais assustadora de tão branda. e eu vou explicar o que temo tanto na mansidão. outro dia, outro dia... quem sabe eu consiga...

20021105

pô, minha gente, entendam: não tem mais nada que valha nem ser postado. e meu computador continua chato, esperem mais um pouco. mas o comprimido ainda não morreu, ele só está de descanso.